Depois do silêncio
ruminou palavras ao vento
E pela boca discorreu
ódio com saliva
Mas mal sabia,
que falava pra uma mente morta
Ele já estava em outro lugar
em outro corpo
e ela,
não pensava mais em nada
mesmo depois de tudo estar tão... claro
Depois do silêncio
ruminou palavras ao vento
E pela boca discorreu
ódio com saliva
Mas mal sabia,
que falava pra uma mente morta
Ele já estava em outro lugar
em outro corpo
e ela,
não pensava mais em nada
mesmo depois de tudo estar tão... claro
Pressentia algo. Era muito silêncio entre nós, mas não sabia o que dizer. Não era o silêncio costumeiro, a falta de diálogo, seja por distração ou tédio, era algo que ainda apareceria mas que nesse momento, não nos permitia discorrê-lo. Valia também a idéia do receio, de não dizer nada por não querer a resposta. Antes de um diagnóstico preciso não havia porque indagações, construções de frases sem qualquer motivação de sentimento. Continuamos a caminhada. Lembrei o quanto aquele velho pai me balançou no colo, de como soube conviver com uma moça em anos de liberdade sexual, experimentos, rebeldia gratuita, complexos narcisistas, tudo que aparentemente indagaria um “chefe da casa” se é que isso ainda existe.